Capítulo 136

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|Narração Caio|

Eu era auxiliar administrativo na empresa do Barcelos, mas sempre que ele precisava de outras coisas eu o ajudava, como por exemplo testar as suas Sugar Baby's. Eu sei de todo o seu esquema, nos conhecemos na faculdade e diferente dele eu não dei muita sorte na vida, não consegui ter um império e muito menos as mulheres que ele teve.

— Caio! — ouvi uma voz chamar por mim, me virei de imediato, era o Smith.

— Fala Smith. — o encarei.

— Quero um favor teu. — sentou de frente para a minha mesa.

— Que favor? — indaguei arqueando uma sobrancelha.

— Quero que você vá até a casa do Barcelos pegar uma pasta de documentos, rápido. — disse rapidamente.

— Eu não sou gogoboy! — murmurei desviando o meu olhar do seu, voltei a minha atenção para o computador em minha frente.

— Cara, faz esse favor! O Barcelos precisa desses documentos com urgência. — cruzou os braços me encarando.

Eu sei que se eu não fosse, o Smith faria a minha caveira para o Barcelos, e por mais que eu e ele tenhamos nos estranhado depois de eu ter ficado com a Ana Beatriz, eu ainda precisava desse emprego, eu precisava do dinheiro.

— Ta legal... Mas eu vou com o carro da empresa! — o adverti me levantando.

— Pode ir, mas vai rápido. — pediu nervoso e eu assenti.

Peguei a chave de um dos carros da empresa, e dirigi rumo a casa do Barcelos, nem passou pela minha cabeça quem eu poderia encontrar ali.

Toquei a campainha e fui surpreendido com a Ana Beatriz abrindo a porta, nem lembrei do fato de que ela ainda estava com ele, e de que eu poderia vê-la depois de tanto tempo.

Ana Beatriz realmente mexeu com a minha cabeça de uma forma que eu não sei explicar, mas o Barcelos me ameaçou caso eu me aproximasse dela de novo.

Eu tinha planos de me aproximar dela, mas isso só depois que os meses junto do Barcelos passasse, quando eu tivesse certeza de que ela estava livre, eu iria conquista-lá.

— Caio? — sua voz falhou, ela também estava surpresa em me ver.

— Eu mesmo, em carne e osso. — sorri divertido.

— O que você está fazendo aqui? Já te falei que nós dois não vai acontecer... Vai embora, se o Luan te vê aqui, ele vai acabar com você! — disse alarmada e eu soltei um riso frouxo. 

— Já acabou? Eu não vim aqui por causa de você... — falei firme e ela pareceu sem jeito.

— Não? Ah, tá bom. — deu de ombros.

— Posso entrar? — questionei e ela deu espaço para que eu entrasse.

— Se você não veio por causa de mim, então porque está aqui? O Barcelos não está. — disse se sentando no sofá.

— Eu sei, ele que pediu que eu viesse, vim buscar uma pasta de documentos, ele precisa com urgência. — falei simplesmente.

— Porque ele mandaria você sabendo que eu estou aqui? O Barcelos não quer nem que eu respire o mesmo ar que você. — suspirou cruzando as pernas.

— Eu sei. — depositei as mãos no bolso da minha calça.

— Ele me disse que o Smith viria buscar, porque você está aqui então? — me olhou desconfiada.

— Foi o Smith que pediu. — falei, e meus olhos caminharam por todo o ambiente.

Não é que o Barcelos tem muita grana mesmo? Nem consigo imaginar quanto, mas a sua casa é mais elegante e luxuosa do que eu pensei, nem consigo parar de olhar, estou admirado.

— Estranho... — se levantou com a pasta em mãos.

— Se quiser ligar para ele e perguntar, pode ficar à vontade. — soltei a minha mão em cima da minha coxa e ela revirou os olhos.

— Não precisa, mas se der problema para mim, vou culpar você. — se aproximou esticando a pasta em minha direção.

Quando fui pegar, aproveitei a situação para pegar em sua mão, quando sua pele tocou na minha foi surreal, tínhamos uma sintonia surreal, isso não dava pra negar, mesmo que ela quisesse.

— Você está sozinha? — sussurrei fitando seus lindos olhos castanhos, ela estava com o seu olhar firme no meu também.

— Sim, a Valeria foi no mercado, eu fico boa parte do tempo sozinha. — sua voz embargou, algo me dizia que ela não estava feliz.

Fazia três meses desde a primeira vez que nos vimos e que ficamos, e eu conseguia me lembrar perfeitamente de cada detalhe seu, mas não era a mesma Ana Beatriz que estava em minha frente, algo mudou nela, mas não sei dizer o que.

— O que você tem? — me aproximei mais ainda dela e a mesma abaixou o olhar depositando uma de suas mãos em meu peitoral.

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