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[NINA]

É, meu coração tava batendo forte pra porra. Sentia cada tranco que ele dava dentro do meu peito nos meus ouvidos. Não era bem isso o que eu tava pensando, mas porra, era muito melhor que qualquer coisa que eu quisesse fazer. Aquela sensação... O resto de álcool que ainda tinha no meu corpo fazia minha cabeça girar e a consciência que lentamente voltava pra mim me lembrava que aquilo era muita doideira... Que tinham pessoas ali ao pessoas ali ao redor... e aquilo só me fazia latejar ainda mais. 

Barbás colocou uma mão na minha boca quando eu não consegui controlar um gritinho. Me segurando contra a parede, ele tomou impulso pra meter em mim do jeito mais controlado que ele podia. Colocando e tirando, com força, batendo contra a minha bunda. Dentro de mim, eu sentia ele todo, dando um socadinha no meu útero, de novo e de novo e novo... 

Porra, aquilo foi tirando minhas inibições de um jeito muito imoral. Firmei minhas mãos na parede e comecei a empurrar contra ele, no mesmo ritmo forte dele. Hora ou outra eu não conseguia não soltar um grunhidinho e ele brigava horrores comigo, dando uns apertões na minha bunda pra me punir, até porque um tapa ia fazer barulho demais. Em algum momento, quando ele me apertou, pra me vingar eu dei um coice na perna dele, que agarrou meu cabelo, puxando minha cabeça toda pra trás e me pressionando inteira contra a parede. Ele afastou minha pernas, grosso que nem um cavalo, e entrou de novo, com tudo. Minha coluna ficou numa posição horrorosa, mas porra, quem liga? Eu só queria ele... E queria olhar os olhos dele. 

— Barbás? — Disse, com a voz ofegante, tentando me mexer, enquanto ele só me agarrou mais forte ainda. Era difícil concentrar o suficiente pra falar o que eu queria com ele socando em mim daquele jeito. — Barbás... 

— Que foi, por... — Ele ia falar, mas o barulho de um lata de lixo sendo aberta muito perto dali fez a gente paralisar por um momento. 

Eu fiquei toda dura, meu corpo tomado pela tensão... E pela porra do tesão também. Eu queria arrumar minha calcinha, abaixar meu vestido, mas o Will segurou meus braços e puxou pra trás, não me deixando sair daquela posição. Eu sentia o pau dele latejando dentro de mim e o caralho do medo me deixando meio agoniada. 

— Quieta. — Sussurrou pra mim, olhando na direção do barulho. Um cara virou na viela que a gente tava e eu arregalei os olhos. Ele nem se ligou na gente, por sorte, já que tavamos meio ocultos por um postezinho de madeira que segurava os fios dos gatos do pessoal dali. Eu nem respirei enquanto ele não virou na outra viela, que dava no Portão Vermelho.

Quando ele tava pra virar, eu já senti o Barbás colando de novo, até o final. Fechei os olhos com força, mordendo os lábios com força pra me segurar, já que ele simplesmente não ajudava.

— Não faz isso, caralho. — Falei baixinho, indignada, quando ele puxou meu cabelo e minha cabeça pra perto da dele de novo. Sua boca foi pro meu ouvido. 

— É só você ficar quieta que nem eu mandei. — E deu uma mordidinha na minha orelha.

— Tu ia fazer... o que se alguém visse a gente? — Falei, sentindo minhas pernas bambearem. Elas estavam começando a ficar dormentes. 

— Eu ia matar qualquer um que visse você do jeito que tu tá. 

Eu não sabia se ele tava falando sério... Pra mim ele tava brincando, mas o tom que o Barbás usou foi tão sério que eu fiquei na dúvida. Fiquei mole contra ele. Com minhas unhas, comecei a arranhar de levinho a sua barriga, que ele segurava nas minhas costas. Apertei minha buceta por dentro, contraindo todos os músculos dela até onde eu podia. Senti como o atrito do pau dele aumento pra caralho contra a minha parede... aí, caralho. 

— Então tem muita gente em risco. — Murmurei, sentindo minha garganta arranhar com a força que eu fazia pra me manter sem produzir nenhum som. Nem sempre eu conseguia, mas pelo menos eu tentava. 

Foquei minha mente, sabia que a sensação pra ele ia ficar muito insana, mas se eu me deixasse levar também, ele ia ficar ali, me fazendo de bonequinha. Eu queria ver os olhos dele, queria ver o rosto dele, o prazer transparecendo nas suas feições. 

— Irmão... — Ele arfou, soltando minhas mãos pra apertar minhas bunda e me puxar mais pra si. — Ah, puta que pariu, Nina. — Só pelo voz rouca dele, eu senti que ele devia estar se controlando muito pra não gozar.

Puxei meus braços e andei um passinho pra frente, tirando ele de mim. Virei muito rápido e eu já vi ele ficar parado, não entendo porque eu tinha parado. Seu peito subia e descia de um jeito descompassado e ele tinha um olhar faminto no rosto. Ele deu um passo pra perto de mim, mas não precisou de mais que isso. Eu quase me atirei na direção dele, beijando sua boca de um jeito igualmente desesperado. 

— Eu quero assim. — Disse, colocando uma perna na sua cintura, conversando com ele pelo movimento dos nossos corpos. 

Will entendeu. É claro que sim... Não precisei falar duas vezes, ele pegou minha outra perna, me levantando do chão. Enrolei as duas na sua cintura. Naquele posição o encaixe era perfeito e ia muuuuuuito fundo. Eu não tinha um segundo de paz... Quando ele colocou, eu segurei os ombros dele com força, me agarrando contra ele com firmeza, pra que eu pudesse observá-lo. 

Era uma loucura, em algum momento eu não consegui mas segurar e as arfadas pesadas, misturadas com gemidos baixos, sufocados, saiam se mim sem parar... E algum momento, o Barbás parou de ligar. Ele só metia, de um jeito muito alucinado, muito insano, ele já quase não respondia nem aos arranhões enormes que eu tava deixando nele. Quando ele me olhava, buscando minha boca, eu conseguia perceber que ele, sempre tão razão, agora era só impulsos. 


Coração em GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora