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— Tô preocupada com meus irmãos. — Falei simplesmente e me ajeitei pra sentar na cama, tomando cuidado com o hematoma. Olhei no relógio que tinha na cabeceira, já era metade da tarde. Quase não dava pra notar, por causa das cortinas. — Tu tava dormindo?

— Tava tentando. Eu durmo pouco mermo, tenho insônia pra cacete. — Deu de ombros, sentando na ponta da cama. Eu devia estranhar a proximidade, mas a maior abusada tinha sido eu, de ter deitado e rolado na cama do cara.

— Mas tu tá cansado. Tá começando a ficar com olheira. — Falei, encarando ele de novo. Barbás olhava pra mim, mas não exatamente pro meu rosto. Eu não tinha entendido até notar que a toalha que devia cobrir meu corpo, estava perdida em baixo daqueles edredons.

— Tu não devia estar deitada na minha cama pelada, tu tá ligada nisso, né? — Falou calmamente, cruzando os braços e colocando um dos pés em cima da cama também. Eu tampei o seio que estava amostra com o lençol interno discretamente, sentindo o rosto queimar de vergonha. Porra...

— Eu não sei onde eu tava com a cabeça quando eu saí deitando aqui no foda-se. — Comecei falando, me abraçando aos panos fofinhos. — Sei lá, foi o sono. Eu sei que tu tá puto comigo, mas relaxa, eu já vou saindo.

— Não é puto o que eu tô. — Falou em um tom bem sério, me olhando diretamente nos olhos agora.

Pisquei algumas vezes, entendendo finalmente o que ele queria dizer com aquela frase, depois de uns segundos. Um volume grande estava marcando a calça de moletom que ele tava usando, parecia que fazia questão de me mostrar aquilo... ai... eu senti meu rosto queimar só de lembrar de como era o pau dele, puta que pariu. Um calor começou a se concentrar no meu ventre, aquela sensação de necessidade surgindo devagarzinho no meu interior.

Ele levantou e parou do meu lado na cama, eu quase me inclinei na direção da mão dele, que acariciou o meu rosto com cuidado.

— É, mas eu duvido muito que tu aguente. Sabe como é, eu não trepo com mina que não tá preparada. — Falou com maldade em cada palavra, no rosto, um sorriso vitorioso. Era assim que ele tava se vingando de mim, então.

— O quê? Tu tá querendo dizer que eu não dou conta? — Quase gritei de indignação. Ele tava doido, mano... tava maluco de marola, não era possível um negócio desses. Levei a insinuação dele como uma ofensa.

— Com esse machucado ai na barriga? Tu não dá conta nem de tirar a roupa sozinha. — Jogou na cara, provocando e ferindo o meu ego sem dó. Dei um tapa na mão dele, afastando ela de mim. Se eu pudesse, eu pulava da cama dele ali agora e ia embora, mas o cacete do hematoma me atrasava demais. Eu precisava fazer as coisas devagar, ou ia ter de lidar com uma dor do caralho. Assim, tudo o que eu consegui num primeiro momento foi jogar todos os cobertores pro lado, pouco me importando se tava pelada ou não, pra eu começar a me mover pra ponta da cama. Nessa hora, eu senti o olhar dele queimando sobre mim. Me senti exposta, dolorosa (e deliciosamente) exposta sob o olhar dele. Um arrepio esquisito me tomou quando ele agarrou meu pulso com a mão.

— Calma ai, tá nervosinha, fia? — Brincou comigo de novo, ainda segurando o meu pulso com força.

— Me solta, porra. — Briguei, puxando meu braço pra tentar me soltar.

— Vem cá, eu te ajudo a relaxar de novo. — Falou com uma voz rouquíssima no pé do meu ouvido, com o joelho já apoiado em cima da cama.

Olhei pra ele com raiva, mas os sentimentos dentro de mim foram suavizando lentamente conforme eu fui entendendo o que ele pretendia. Ai caralho... Barbás ficou de joelhos na cama e eu paralisei no lugar, olhando pra ele. Porra, esse homem era lindo demais, vai se foder. Meus olhos desceram do seu rosto pro peito e a barriga bem definida, os braços fortes, o caminho da alegria que levava bem pra dentro da calça. Eu me lembrei do dia do baile, de como o pau dele era uma delicia, de como eu tive a oportunidade de provar só pra ver como era... Como era a cara de prazer dele. Um segundo arrepio desceu pela minha espinha e eriçou todos os pelos do meu braço.

— Deita. — Pisquei várias vezes de novo, sentindo o meu rosto esquentar. Lentamente eu voltei para a posição onde eu estava antes, no meio dos vários travesseiros e cobertores, mantendo o meu olhar no dele, que acompanhava cada movimento meu. Me aconcheguei de novo entre os muitos panos que havia naquela cama, encostando minha cabeça na cabeceira.
Barbás apoiou um braço sobre a minha cabeça e se inclinou por cima de mim, aproximando o rosto do meu. E parou.

Parou ali, com o rosto à poucos centímetros do meu. Quem perdeu a paciência foi eu (no final, eu era a impulsiva do rolé), que ergui o rosto pra beijar a boca dele. Dei um selinho apenas, porque no segundo seguinte ao que eu colei os meus lábios no dele, Barbás colocou a mão na minha mandíbula pra não me deixar prosseguir. Olhei confusa pra ele, que deu um sorrisinho de canto e virou o meu rosto, dando-lhe acesso ao meu pescoço. Ali, ele desceu a sua boca, beijando e lambendo toda a pele à sua disposição. Ele sugou o nódulo da minha orelha e desceu uma trilha de beijos para o meu ombro. William seguiu pelo meu colo, pelo vale entre os meus seios, a barriga, evitando o hematoma, e seguiu para a cintura, para o monte de vênus... Eu estava ficando impaciente, a ansiedade e antecipação da coisas que ele ia fazer... Eu quase me esqueci o quão dolorido estava o meu abdômen.

Desceu as mãos pelos meus seios, em uma carícia suave, antes de envolver as minhas coxas com seus braços de maneira firme, travando a minha cintura. Imaginei que ele tivesse feito aquilo pra evitar que eu ficasse me mexendo e acabasse me machucando mais no processo. Então ele me encarou, me provocando com aqueles olhos castanhos sob a meia luz do abajur do canto. Meus lábios estavam entreabertos e a respiração entrecortada. Cacete, eu queria tanto que ele me chupasse de uma vez, a espera estava me deixando ainda mais estressada.

— Faz... faz de uma vez, William. Pelo amor de Deus. — Sussurrei entre suspiros descompassados. Ele riu baixinho, finalmente descendo a boca para o ponto onde eu tanto queria que estivesse. No primeiro momento onde eu senti a lingua quente e macia sobre o meu clitóris, acho que o mundo girou ao redor de mim de novo.

Amor na GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora