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Segurei o .762 e fiquei olhando pra ele, que riu e veio ajudar. Barbás passou o cordão perto pelo meu pescoço e veio pra trás de mim, colando o corpo dele no meu.

— Relaxa o corpo, vou arrumar tua postura. — Ele deu uns chutinhos no meu calcanhar pra eu abrir mais as pernas. Botou minha mão esquerda no pente, pra ter alguma firmeza na hora de manejar a arma, e arrumou meus ombros pra eu apoiar o corpo do fuzil nele, enquanto a mão direita ia na empunhadura e os dedos no gatilho. — Fecha um olho e tenta mirar. O bico tem que estar na direção do alvo. — Falou, apoiando as mãos na minha cintura e passando a ponta dos dedos na pele nua.

Fechei os olhos com o carinho, sentindo a respiração dele contra o meu pescoço. Os pelos do braço se eriçaram involuntariamente.

— Ouviu o que eu falei? — Sussurrou no meu ouvido, me fazendo pular no lugar. — Que foi, ficou nervosa? — Repetiu minha provocação.

— Filho da puta. — Xinguei, me ajeitando da maneira como ele tinha deixado.

— Levanta o ombro e abaixa um pouco o cotovelo, pra tu conseguir segurar o recuo. Se tu não firmar o pé no chão, o fuzil vai te jogar pra trás. — Falou baixinho perto da minha orelha, beijando o meu pescoço, descendo para o meu ombro nu. — Atira, Nina. — Mandou com um tom suave.

— Tu tá me distraindo. — Neguei com a cabeça, tentando mirar. Era muito mais difícil agora que a arma era enorme e o que importava mesmo era o bico dela. Até fiz uma tentativa, mirei e apertei o gatilho depois de um tempo, mas o coice foi violentíssimo. Ai eu entendi inicialmente porque o Barbás tinha ficado atrás de mim. Além de me distrair, ele também tava ali pra me segurar. — Tu não escuta o que eu falo, né?! — Ele enfiou a mão pelos meus cabelos, me puxando pra trás com os dedos todos enrolados nos fios próximo do couro cabeludo. William mordeu o meu ombro e eu dei um gritinho. — Acabamo por hoje.

— O convite pra minha cama ainda tá de pé. — Sussurrei, me sentindo meio mole de tesão. Droga.

— Na tua casa? — Perguntou, passando a mão na minha barriga. — Com a Dalila e o Russo lá.

— O Russo mora em cima e a Dalila dorme cedo. — Respondi com um sorrisinho sacana, me virando nos braços dele pra depositar um beijo no peito dele. — Pegar ou largar, William.

— Ainda passou pela tua cabeça que eu ia falar não? — E beijou a minha boca, passando um braço pega minha cintura, pra me puxar mais pra perto. Porra... Esse homem conseguia me tirar de órbita mesmo.

Tudo passou num piscar de olhos, a gente desceu até a Cachopa e entramos em casa já arrancando todas as roupas. Era um negócio muito visceral, um sentimento nu de desejo pulsante. A gente tinha pressa, tinha vontade e nada nos impedindo. Eu e ele estávamos nessa brincadeira de preliminar há semanas, sem nunca chegar realmente lá. Foi mais ou menos ai que eu notei que o que impedia era eu mesma, que não confiava naquele filho da puta. Bom... ele continuava a ser um filho da puta, mas o que tinha acontecido ultimamente tinha me ensinado à respeitar e admirar ele como pessoa. Foi uma caminhada meio longa e tortuosa até aqui.

Tirei o meu sutiã e joguei pra ele, subindo as escadas dando uma risadinha e levando um dedo à boca num gesto pra ele não fazer barulho. No final do corredor estava o quarto da Dalila, do outro ficava o meu. Eu ri, passando com ele de fininho para o meu lugar. Bati a porta atrás de mim, passando a chave pra garantir que ninguém ia atrapalhar a gente. Barbás veio pra cima de mim faminto, enquanto eu tirava o shorts e o jogava para o outro lado do quarto. Ele me prensou na parede, separando minhas pernas com o joelho e beijando meu pescoço, enquanto explorava o interior da minha calcinha com os dedos. Ele me masturbou, arrancando uns gemidos abafados de mim, que mordi o ombro dele em resposta. Deu uma risadinha quando ele olhou pra mim indignado, me puxando para o colo dele pelas coxas.

Nos beijamos durante todo o caminho pra cama, onde ele em atirou daquele jeito bruto dele de sempre. Puxei ele pra cima de mim, ajudando-a a tirar a calça com os pés. Lambi a mão e peguei no pau dele, punhetando devagarzinho. Cacete, ele já tava duro pra porra e eu tava muito impaciente. Queria muito saber como era ele dentro de mim, me socando por dentro... ai.

— Bota, bota de uma vez. — Pedi no ouvido dele, enrolando minhas pernas na cintura dele. — Por favor. — Gemi, quando ele passou os dedos por entre os meus lábios... aqueles lábios. Acho que percebendo o quanto eu já tava molhada pra cacete. Ele não reclamou da pressa, na verdade, nem uma piadinha sequer ele jogou. Devia estar tão maluco por aquilo quanto eu. — Tá de boa, eu tomo anticoncepcional. — Sussurrei pra ele, sabendo que aquilo era o incentivo que precisava.

William afundou o rosto no meu pescoço, me cheirando, enquanto lentamente ele passava a cabeça pela minha entrada, brincando comigo.

— William, pelo amor de Deus. — Murmurei ofegante, enfiando a unha no ombro dele. Eu sentia a respiração acelerada contra a pele do meu pescoço.

Lentamente, ele começou a me penetrar e eu conseguia sentir centímetro por centímetro. Como ele ia me alargando e preenchendo com o pau dele, até o final. Gemi baixinho sentindo ele puta fundo dentro de mim. Aquela calmaria era tão suave, num contato tão íntimo que eu nem podia imaginar que teria com ele... logo com ele. Puxei o rosto dele pra poder encará-lo, para encarar aqueles olhos castanhos tão escuros. A gente se olhou por vários segundos, quase hipnotizados por aquela conexão... ai ele se cansou, tirando tudo de dentro de mim e voltando de uma vez só. Dei um gritinho pela surpresa e ele sorriu, fazendo um 'shiiii' pra mim.

E ai nós começamos. Ele juntou as minhas pernas e colocou as duas juntas sobre o ombro dele, me penetrando inicialmente devagar. Num vai e vem ritmado de acordo com os meus gemidos e os murmúrios incompreensíveis que saia da boca dele. Meu Deus, aquilo era muito gostoso. A gente era pouco paciente e o ritmo ia aumentando gradativamente. Barbás abriu as minhas pernas, apoiando o peso do corpo nelas ao colar elas no meu peito, pra estocar fundo. Eu senti ele batendo contra o colo do meu útero e aquela foi uma sensação completamente nova pra mim. Agarrei os lençóis, gemendo alto pela profundidade daquela penetração. Ele deu um tapa forte na lateral da minha bunda e colocou a mão na minha boca, fazendo um sinal de silêncio com o dedo, enquanto continuava naquele ritmo.

Ele próprio começou a deixar escapar uns gemidos roucos e xingava pra cacete. Pelo rosto dele, eu sabia que ele estava chegando perto... e eu também. Começei a sentir aquele monte de sensações se acumular dentro de mim e sabia que mais um pouco, eu estaria lá. Segurei ele com a mão, interrompendo o movimento. Então, empurrei Barbás para a cama, montando sobre ele com rapidez e voltando a colocá-lo dentro de mim. Sorri, assumindo o controle da situação, enquanto eu ia rebolando sem pudor nenhum sobre ele. Joguei minha cabeça pra trás, mordendo o lábio inferior pra não me descontrolar e acabar acordando a Dalila. Os gemidos saiam com a minha respiração entrecortada, cada vez mais proeminente, conforme eu fui chegando até o orgasmo. Ele, notando que eu estava muito perto, segurou minha cintura com força e penetrou rápido e fundo, num ritmo violento que foi o último empurrão que faltava para eu arrebentar em um orgasmo alucinante. A sensação de gozar me deixou mole por vários segundo e eu me contraí toda contra ele.

Barbás me virou de novo pra cama e socou tudo. Eu senti o jato quente contra as paredes do meu canal, quando ele próprio soltou um gemido alto, antes de cair ao meu lado na cama.

Amor na GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora