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— É. Pro caso da gente ter que ir contra o M7. — Confirmou e eu tampei os olhos com a mão, bufando. — É só uma garantia pra gente.

— Garantia?

— Claro, porra. Se ele vier pra cima da gente, ninguém vai ficar de braço cruzado esperando a salvação cair do céu não, Nina. Além de esperteza, tem que ter dinheiro pra lutar também. — Falou, olhando pro meu rosto de preocupação. Ele tirou as minhas mãos dos olhos. — Comenta isso com ninguém não e fica de boa. Não é nada demais, vai ficar tudo tranquilo.

Eu me virei, montando no colo dele. Ele tomou a iniciativa de me beijar com força, agarrando os meus pulsos com uma das mãos, enquanto a outra me puxava mais pra perto pela cintura. O cheiro dele era tão gostoso, eu adorava os perfumes que ele usava... aquele cheiro amadeirado tão característico de fragrâncias masculinas. Porra, eu amava. Me inclinei sobre ele pra dar um beijo no seu pescoço e ele deu uma risadinha contra o meu ouvido.

— Sabe de uma coisa? Eu acho que tá na hora de eu escolher um vulgo, né? — Perguntei, me levantando de novo pra olhar pra ele.

— Na hora? Já passou da hora. Achei que tu fosse ficar escolhendo a vida toda. — De repente ele tava de bom humor, eu gostava daquilo. — O que tu pensou?

— Hoje a minha mãe me lembrou de um apelido de criança. Você acha que Índia combina comigo? — Perguntei, sorrindo pra ele. Naquela hora eu entendi algumas coisas... Primeiro, ele desviou o olhar e sorriu pra mim de volta. O meu coração ficou pequeno no peito com o tamanho das coisas que eu sentia por ele. Porra.

— Você é linda. — Falou, passando a ponta dos dedos pelo meu rosto. Era um gesto muito delicado pra alguém tão grosseiro quanto ele.

— Que? — Ri, não esperando por aquilo. Ele me balançava muito.

— Você é linda, porra. — E me beijou de novo. Eu correspondi na mesma intensidade, passando as minhas unhas pela nuca dele. Depois, separei minha boca da dele, porque eu realmente precisava saber a resposta pra minha última pergunta.

— Combina?

— Já se olhou no espelho, Nina?

— Claro que sim. — Respondi, meio confusa.

— Então você sabe que combina. Você é a cara de uma índiazinha mesmo. — Ele riu. — Depois a gente conta isso pros outros. — Falou, me puxando pela cintura e descendo a mão pelo meu shorts.

Amor na GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora